segunda-feira, 2 de maio de 2011

Amor,

Lembrei-me de você hoje aqui na calmaria de meu quarto com esse tempo chuvoso e frio que você tanto adorava. E você me pergunta com o olhar de tédio e impaciência: “Se lembrou do que?”. De tudo minha querida. Desde a primeira vez que nos vimos naquele shopping até quando terminamos por babaquice minha. Percebi que realmente sou um daqueles perfeitos idiotas que você tanto temia. Desculpa se te fiz sofrer, de verdade. Desta vez não digo apenas por dizer.

Na realidade não me lembrei de você só agora. Lembro-me de você desde aquele dia calmo de dezembro quando você me pediu para esquecê-la. Confesso que quando fez tal pedido não liguei muito, porém o pior veio depois. Comecei a sentir falta do seu cheiro, dos seus abraços, das suas palavras de incentivo, dos seus beijos e, principalmente dos seus “eu te amo”. Muitas vezes me peguei pensando se você estaria se lembrando de mim e sentindo minha falta. Esperava genuinamente que sim. Nos primeiros meses após ter ouvido suas palavras amargas, quando meu celular tocava meu coração palpitava, minhas mãos tremiam: queria que fosse você. Infelizmente não era, sabia que nunca seria. Você certamente me odeia agora.

Escutei a nossa música diversas vezes. E em todas elas meus olhos ficavam marejados e por muito pouco não chorava. Queria que você estivesse ao meu lado a cantando com sua voz doce. Queria você de volta para mim, como queria. Ontem, deitado em minha cama, lembrei do seu sorriso perfeitamente alinhado e absurdamente branco. Sorri com esse pensamento. Costumava falar que seu sorriso era meu. Agora, infelizmente, seu sorriso é de outro.

A única coisa que eu queria que você soubesse, é que eu me arrependo do que fiz. Pisei na bola com você. Mas quero que nunca, nunca se esqueça que eu sempre te amarei. E como diz na música, “eu vou ser para sempre seu”.